CENOGRAFIA E DIREÇÃO DE ARTE - SMIRNOFF@NIGHTLIFEArquitetos: Guto Requena e Mauricio Arruda
Arte: Studia
Produção: NOSSA!
www.gutorequena.com.br
www.mauricioarruda.netPROGRAMA DA EXPOSIÇÃOPavimento Superior: recepção, hostess virtual, infográfico clubs, infográfico djs, exposição de vinis, instalação interativa sync/lost, sala década 70, sala década 80, sala década 90, sala década 00, banheiros.
Pavimento Inferior: exposição de vinis, cineminha, lounges, bar, pistas de dança, chapelaria e banheiros.
RELEASEO projeto para a cenografia e direção de arte da exposição Smirnoff@nightlife buscou um diálogo contemporâneo com a arquitetura histórica da casa, priorizando o respeito ao imóvel tombado, uma das poucas construções existentes em estilo Art Noveau na cidade de São Paulo, datada de 1907.
Nosso projeto inspirou-se na própria vida noturna e sua característica diversidade, composta por suas facetas escapistas, tribais, glamorosas, fetichistas e underground que há décadas encanta gerações. Estruturamos a identidade da exposição em cima de um dos elementos visuais mais importantes na construção da estética noturna: a luz. A partir dela, esculpimos os espaços da exposição em volumes coloridos, produzindo sombras, cheios, vazios, transparências, reflexos e escuridão.
A paleta de cores escolhida para a construção da identidade da arte e da cenografia da exposição baseia-se no espectro luminoso e suas diferentes tonalidades. Para retratar cada uma das décadas foram escolhidas partes desse espectro, assim, vermelhos, laranjas e amarelos para os anos 70, verdes para os anos 80, azulados para os anos 90 e finalmente branco para os anos 2000. Um eixo central de luz vermelha organiza a circulação da casa e estrutura os diversos ambientes sinalizados por neons brancos. Ao final do percurso, no andar inferior, o desfecho simbólico: o bar Smirnoff.
Para abrigar o conteúdo museológico da exposição criamos um módulo único que se repete e agrupa-se de maneiras diversas em cada década, abrigando em seu interior o conteúdo histórico da noite brasileira, como figurinos, objetos, equipamentos de som, flyers, fotos, textos e documentários. Além disso, o visitante poderá experimentar, por meio de um módulo de imersão, o vibe da pista de dança de cada década, com uma seleção de musicas, iluminação e imagens características.
Com o conceito “party box”, o bar é uma peça chave na cenografia. Ele abriga uma seleção dos principais estilos diferentes de iluminação e efeitos de pista que marcaram as décadas, como luz negra, strobe, neon, lazer, led, globo de espelhos e gelo seco. É nele, e somente nele, que encontramos todas as luzes que embalam as pistas de dança e os lounges da exposição.
Os materiais escolhidos para a cenografia caracterizam-se pelo aspecto rústico, improvisado, sensorial e diverso das casas noturnas, com destaque para suas texturas e superfícies, como chapas metálicas, placas translúcidas, derivados de madeira perfurados, espelhos e acrílicos.
Visando estimular a idéia de design sustentável, utilizamos o conceito de “creative communs” no mobiliário, reproduzindo as peças do Pallet Project concebidas pelo escritório de design inglês Sudiomamma. Assim, as poltronas e cadeiras espalhadas pelos lounges, onde os visitantes tem acesso a terminais de interação, foram todas produzidas com madeira de pallets que antes iriam para o lixo.
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